A resistência à insulina é uma condição em que as células do corpo não respondem adequadamente à insulina, que é uma hormona que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando o corpo se torna resistente à insulina, pode resultar em níveis elevados de açúcar no sangue e um aumento no risco de diabetes tipo 2.
A resistência à insulina é um distúrbio metabólico que pode apresentar várias características físicas. Qualquer mudança considerável que faça para melhorar a resistência à insulina deve ser acompanhada por um profissional de saúde.
Características Físicas da Resistência à Insulina
De seguida apresentam-se algumas das características físicas mais comuns da resistência à insulina.
Ganho de peso, particularmente na área abdominal
A resistência à insulina está geralmente associada à obesidade, resultando num índice de massa corporal (IMC) mais elevado e uma acumulação de gordura na área abdominal.
Este tipo de ganho de peso é considerado particularmente perigoso porque a gordura abdominal está fortemente relacionada com um aumento do risco de doenças cardíacas, diabetes e outras condições metabólicas.
Acantose nigricans
Esta condição de pele é caracterizada por manchas escuras, grossas e aveludadas na pele do corpo, comumente encontradas nas dobras de pele como o pescoço, axilas e virilha.
É causada por níveis elevados de insulina e é considerada um sinal de resistência à insulina. As manchas podem dar comichão e podem ficar doridas ou infectadas se coçadas.
Xantelasmas e Xantomas
Estas são outras condições de pele que são marcadas por saliências amareladas na pele e pálpebras causadas pela acumulação de gorduras nas células da pele.
Podem indicar níveis elevados de colesterol ou triglicérides e podem ser um sinal de distúrbios metabólicos subjacentes, como hiperlipidemia ou resistência à insulina.
Estas condições são geralmente indolores, mas podem ser esteticamente preocupantes e são frequentemente um indicador da necessidade de avaliação médica adicional.
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
Esta é uma condição de saúde que afeta o sexo feminino e apresenta ciclos menstruais irregulares, níveis elevados de androgénios (hormonas masculinos) e quistos nos ovários.
Está geralmente relacionada com a resistência à insulina e é uma das principais causas de infertilidade em mulheres.
Mulheres com o SOP podem também apresentar hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos), acne e obesidade.
Hipertensão
Pessoas com resistência à insulina têm uma maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial, que é um fator de risco importante para doenças cardíacas, derrames e outros problemas de saúde.
A hipertensão pode ser controlada através de mudanças de estilo de vida, medicamentos e monitorização realizada por profissionais de saúde.
Hipertrigliceridemia
A resistência à insulina resulta frequentemente num aumento dos triglicerídeos, que um tipo de gordura no sangue.
Triglicerídeos elevados são um fator de risco para doenças cardíacas, derrames cerebrais e outros problemas de saúde, e podem ser controlados através de mudanças de estilo de vida, medicamentos e monitorização realizada por profissionais de saúde.
Gestão da Resistência à Insulina: Mudanças no Estilo de Vida
A resistência à insulina pode ser assintomática, tornando-se essencial a realização de testes laboratoriais para uma identificação adequada. Se suspeita que está em risco de resistência à insulina, é importante consultar um profissional de saúde para obter orientação.
Melhorar a resistência à insulina exige mudanças no estilo de vida, começando por mudanças na dieta. Para reduzir a resistência à insulina, é crucial limitar a ingestão de alimentos processados, açúcar e hidratos de carbono. Em vez disso, deve aumentar o consumo de alimentos ricos proteinas, como carne e peixe e em fibras, como frutas (em moderação), verduras e cereais integrais.
O exercício também desempenha um papel importante na gestão da resistência à insulina. Praticar atividade física regular, como uma caminhada rápida ou corrida, pode melhorar a sensibilidade à insulina e melhorar a capacidade do corpo para utilizar a glicose de forma eficaz.
O jejum intermitente é outra abordagem utilizada para o melhoramento a resistência à insulina. O jejum intermitente envolve consumir alimentos dentro de um período de tempo específico e abstenção de alimentos para o resto do dia.
Existem vários compostos naturais que também podem ajudar na gestão da resistência à insulina, incluindo chocolate de cacau, chá verde, canela de Ceilão, semente de linho e vinagre.
É importante lembrar que estas soluções podem não funcionar para toda a gente. É sempre melhor consultar um profissional de saúde antes de fazer quaisquer mudanças significativas na sua dieta ou no seu estilo de vida.
Fontes:
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